OS GUARDIÕES: jogo e teias de construção imaginativa no Museu do Ouro
Isabella Carvalho de Menezes
O estudo apresentado partiu do pressuposto de que o uso de jogos relacionados a acervos de museus, cujas tramas sejam construídas por estudantes, apresenta o potencial de neles instaurar predisposições favoráveis para o desenvolvimento da imaginação histórica. O método os aproxima do modo narrativo da História, que implica a articulação de acontecimentos e personagens, no tempo e no espaço; além disso, produz o potencial de criar, durante a visita ao museu, a dimensão fortuita dos processos de conexão, significação e prazer.
Para isso, foi construída e colocada em prática, no Museu do Ouro (Sabará/MG), uma estratégia diferente da
visita guiada habitual. A metodologia empregada consistiu na organização de um painel de especialistas, a fim de obter sugestões para a posterior construção, pela pesquisadora, de cartas indutoras da imaginação histórica, tendo como referência o acervo do museu. Em seguida, um convite foi feito a um pequeno grupo de alunos para criar a trama de um jogo, a partir do uso das cartas indutoras, tendo a pesquisadora exercido o papel de mediadora desse processo, na modalidade de grupos focais.
A análise da implicação dos alunos no jogo permitiu observar a dimensão das relações que eles estabeleceram com o museu, o seu acervo e o seu espaço, além dos sentidos atribuídos à experiência em si. Pode-se dizer que o processo de construção da narrativa e das regras do jogo ampliou o gosto pela História, provocou a empatia museal e criou
formas de relação com o espaço mais divertidas, espontâneas e favoráveis às conexões.
Palavras-chave: Jogo e museu. Jogo e imaginação histórica. Jogo e conexões no museu. Jogo
e mediação.
Autoria: Isabella Carvalho de Menezes Ano: 2016
Orientação: Profª. Drª. Lana Mara de Castro Siman
Tipo: Dissertação/Universidade do Estado de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Educação