De C. Roy Harper e Evelyn Douglass Harper para família na América: experiência do lugar em cartas

Ivo Venerotti Guimarães

O casal norte-americano Charles Roy Harper (1895-1975) e Evelyn Douglass Harper (1899-1989), missionários da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, desembarcaram no Brasil em 10 de setembro de 1925. No período em que viveram
no país (até 1962), escreveram um expressivo número de cartas para a família residente na América ou mesmo em outros pontos do globo.

O meu interesse é interpretar esse volume de mais de 700 missivas, que passo a denominar de Cartas Harper, e atestar a relação do casal com o Brasil e os lugares que percorreram e viveram. Essa fonte primária não foi publicada. Permanece inédita, sem propagação em qualquer meio ou mídia. Isto posto, no encontro com as cartas, empreende-se
um esforço de interpretação – entendida como criação -, detectando o que pode ser entendido como afetos geografados.

E por que me utilizo desse material? Este estudo se justifica por empreender uma senda se valendo de cartas para o
entendimento dos lugares dos Harper. Nessa trilha, o recorte espacial reúne municípios percorridos / vividos pela família, aglutinando, sob a remessa das epístolas escolhidas para a pesquisa, Rio de Janeiro, Jandira e São Paulo. Ao invés de me debruçar sobre o período entre 1925 e 1960 ou mesmo de um encaminhamento em outros períodos, adotei, posso dizer, um agrupamento temático que mira não os anos, mas as experiências do lugar narradas nas correspondências estudadas. As missivas reúnem-se, assim, em “Lugar que encanta/lugar que se estranha” e em “Fusão com o lugar”.

No processo de leitura, agrupamento e seleção dessas cartas, uma questão foi se delineando: que experiência de Evelyn e Roy com os lugares que viveram e percorreram se expressa nessas correspondências?

Palavras-chave: Experiência. Lugar. Cartas. Geografia e literatura. Geografia
humanista.

Autoria: Ivo Venerotti Guimarães Ano: 2017

Orientação: João Baptista Ferreira de Mello

Tipo: Tese (Doutorado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Geografia.

O texto acima é resumo da tese escrita por Ivo Venerotti Guimarães. O trabalho completo encontra-se disponível em:

https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/13214