Dissertações

NO MEIO DO CAMINHO TINHA FOTOGRAFIAS: relações que os alunos estabelecem com a fotografia

Júnia Patricia Cardoso

Este trabalho é resultado de uma pesquisa feita junto a alunos do 6º de uma escola estadual de Belo Horizonte para entender a relação que estabelecem com a fotografia e com o processo fotográfico. O objetivo foi verificar como esses jovens, que nasceram mergulhados em um mundo digital e visual, veem, pensam, vivem e compreendem a imagem fotográfica, se as fazem mecanicamente ou não, se possuem preocupações técnicas e estéticas e se elas são frutos de
processos sensíveis. Também visou-se observar se esse jovem do século XXI acredita que a fotografia representa a verdade e é um espelho fiel do real.

A perspectiva teórica utilizada foi a Fenomenologia que ajuda a entender esse universo sensível que está presente na natureza da fotografia e na forma como as pessoas se sentem sensibilizados (ou não) por uma imagem fotográfica. Foram aplicados questionários para as turmas de 6º anos. Depois, 14 participantes foram selecionados para as entrevistas. Entre as questões para investigação, estava por que eles gostavam tanto de fazer selfie. Os alunos têm consciência de que a fotografia não se resume à selfie, mas acreditam que, pelo fato de todos (ou quase todos) terem celular, isso é um incentivo a esse tipo de produção. Na visão deles, é quase incompreensível não a fazerem, porque é assim que se revelam ao mundo e informam aos outros o que fazem e como fazem.

Afirmam ainda a necessidade de a fotografia ser bela, não só no sentido técnico, porém desejam se sentir belos
nelas. Eles querem saber, enquanto fotógrafos, o que o outro pensa da imagem, mas isso se mistura com as respostas que desejam sobre si mesmos. Nesse sentido, as qualidades fotográficas ajudam a publicizar uma imagem. Apesar da associação da fotografia digital ao fugaz e ao banal, os participantes identificaram que ela é um veículo de memória, com significações e preocupações éticas e estéticas. Também têm consciência que nenhuma fotografia, mesmo a selfie, seja inocente a ponto de ser detentora da verdade em tempos de Photoshop, mas a pesquisa sinaliza a crença de que a imagem fotográfica é o indício de algo que aconteceu ou se vivenciou, talvez reflexo das redes sociais, espaço em que se cria a narrativa que desejar e os mundos reais e virtuais se misturam.

Palavras-chave: Fotografia; Imagem fotográfica; Arte-Educação; Selfie; Celular.

Autoria: Júnia Patricia Cardoso Ano: 2018

Orientadora: Profª. Drª. Lana Mara de Castro Siman

Tipo: Dissertação/Universidade do Estado de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Educação

O texto acima é resumo da dissertação escrita por Júnia Patrícia Cardoso. O trabalho completo encontra-se disponível em:

http://mestrados.uemg.br/ppgeduc-producao/dissertacoes-ppgeduc/category/115-2018

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