Sob tendas: oficina de circo e valorização da cultura cigana

Roseli Correia da Silva

“Sob tendas: oficina de circo e valorização da cultura cigana” consiste em uma proposta de cunho cultural, que visa problematizar as relações entre diversidade e ética em diálogo com a etnia cigana e a arte circense, tendo como palco uma escola municipal localizada na periferia de Belo Horizonte.

Apesar dos poucos registros escritos sobre a história desse povo, que pratica uma cultura de transmissão oral, há indícios sobre a chegada dos ciganos no Brasil desde o século XVI e um misto de curiosidade e medo que os acompanha desde longa data.

De acordo com Neto (2008), devido a seu estilo de vida nômade ou seminômade, os ciganos são associados à “errância” e a uma existência tida como “aventureira”. Muitos costumam atuar em ofícios ligados à arte e às atividades mágicas e preferem a designação de povos romani, rom ou roma –
como são chamados na Europa.

O curso de especialista em “Gestão em Projetos Culturais” surgiu como uma oportunidade ímpar para repensarmos não só as questões que envolvem o direito à cultura, mas em especial como utilizar os mecanismos para acesso aos recursos e aplicá-los na gestão cultural. Também foi-nos proposto o
desafio de pensarmos em uma proposta cultural aplicável a nossa realidade, tendo o curso como ferramenta na busca de soluções que envolvessem o público escolar.

Nesse curso foram ministradas disciplinas que discorreram sobre temáticas ligadas diretamente à cultura, como História da Arte e Museologia e questões que envolviam o direito e a diversidade como estratégias chaves para promoção de intervenções positivas no meio escolar.

O exercício de adaptação do arcabouço teórico desse curso a uma proposta cultural resultou no projeto “Sob tendas: oficina de circo e valorização da cultura cigana”. Esta proposta tem como foco o direito à diversidade e visa oferecer oficinas de circo para crianças e adolescentes que residam nas
proximidades da comunidade cigana localizada no bairro Céu Azul, periferia de BH, e assim, contribuir de maneira significativa para a valorização da cultura cigana em diálogo com a arte circense, no afã de valorizar e incluir aspectos da cultura local ao currículo escolar.

O texto acima é parte da introdução do Trabalho de conclusão de curso apresentado pela autora ao Programa de Pós-Graduação em Gestão de Projetos Culturais do Instituto de Educação Continuada PUCMinas, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Gestão de Projetos Culturais.

O trabalho completo encontra-se disponível para download abaixo.