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MOSTRA FOTOGRÁFICA LAVADEIRAS DO SABARÁ
Um grupo de mulheres ex-lavadeiras e algumas filhas de ex-lavadeiras, em sua maioria mulheres negras, residentes na Rua Pereira Vieira e no bairro Pompeu, participantes do Projeto Mãe Domingas: educação pelas águas do rio Sabará oferecem aos visitantes dessa Mostra seus olhares e gestos, seus saberes e saber-fazer capturados por lentes fotográficas, recursos fílmicos e testemunhos orais e objetos de memória de sua vida cotidiana. Como mulheres negras, em sua maioria, expressam memórias de lutas e de resistência no exercício de um ofício historicamente subalternizado, memórias traumáticas das enchentes do rio Sabará, memórias de modos de vida e de suas táticas de sobrevivência, memórias afetivas e de suas alegrias de viver. Como mulheres ex-lavadeiras são testemunhas vivas do rio Sabará no tempo em que foi limpo e profundo, sendo hoje estreito, raso e sujo. Veem o rio como um patrimônio natural e cultural vivo a ser recuperado e preservado. Essas…
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Tradição em Minas
Frederico Moreira, professor, doutorando em Antropologia Social pelo PPGAn/UFMG e pesquisador do Núcleo Polis e Mnemosine, participa da reportagem de Douglas Magno, Agence France-Presse (AFP), para MSN (Portugal/Brasil). Durante a reportagem de Douglas Magno, Agence France-Presse (AFP), para MSN (Portugal/Brasil), sobre a celebração do feriado de Corpus Christi, o pesquisador Frederico Moreira falou sobre os significados da tradição dos tapetes de serragem tingida que, todos os anos, enfeitam as ruas de Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte. Confira a reportagem completa no site: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/tradi%C3%A7%C3%A3o-em-minas/vi-AAYz0BA
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A Museologia Social do MUQUIFU
“A Museologia Social do MUQUIFU” – Produção cultural audiovisual resultado de um projeto investigativo desenvolvido no contexto da disciplina “Tópicos Especiais em Educação”, ocorrida no 2º semestre de 2019, com foco na Memória, Cultura e Territórios Educativos, ligada à linha de pesquisa Culturas, Memórias e Linguagens em Processos Educativos, do Mestrado em Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais. Foi concebida e realizada por um total de 13 (treze) discentes da turma XI, sob a orientação das professoras Lana Mara de Castro Siman e Ana Paula Braz Maletta, em parceria com o Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos – MUQUIFU –, situado no Morro do Papagaio, mais precisamente em um ponto de fronteira social, econômica e racial com um dos bairros da região centro-sul de Belo Horizonte. A produção expressa um diálogo entre bases conceituais que fizeram parte do curso mencionado – provenientes dos campos de estudo das pedagogias culturais,…
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TEM FESTA NA CURVA DO RIO
Frederico Luiz Moreira O texto acima é parte do artigo escrito por Frederico Moreira para a Revista Carranca- Órgão Informativo da Comissão Mineira de Folclore –11/2021. O texto completo encontra-se disponível para download abaixo:
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CEDEFES- Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva
O CEDEFES é uma Organização Não-Governamental, sem fins lucrativos, filantrópica, de caráter científico, cultural e comunitário, de âmbito estadual, com sede e foro na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, Brasil. Seu objetivo é promover a informação e formação cultural e pedagógica, documentar, arquivar, pesquisar e publicar temas do interesse do povo e dos movimentos sociais. O nome escolhido para o Centro, fundado em 1985, é uma homenagem a Eloy Ferreira da Silva, trabalhador rural e sindicalista, assassinado em 16 de dezembro de 1984, no Vale do São Francisco, Minas Gerais. Nossa documentação é construída com um sentido básico de educação e formação social e política dos trabalhadores rurais, povos indígenas, grupos e organizações populares e sujeitos escolares como alunos e professores das escolas de ensino básico sobretudo da região de Belo Horizonte, Contagem, Ibirité e Betim. Ao longo dos anos, o CEDEFES veio priorizando dois temas centrais:…
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Cidade, memória e educação
Sonia Regina Miranda, Lana Mara Castro Siman ( Organizadoras) Nas cidades e em suas redes de relações, ao longo da história humana, vem se organizando e se manifestando, cotidianamente, na história de cada pessoa humana e de cada grupo social em sua singularidade ou coletividade – a vida, a morte, a festa, os jogos, os amores, as instituições, as encenações do poder, os conflitos sociais e simbólicos, os silêncios, os gestos constituídos de modo singular ou repetitivo nas redes de sociabilidades das pessoas. A despeito dessa capilaridade social e histórica, o urbano, enquanto categoria e objeto pertinente ao campo da Educação, ainda é insipiente e lacunar. Muitas vezes a cidade chega a ser vista como tema de abordagem dos conteúdos disciplinares específicos, mas ainda carece de ser refletida não somente em sua dimensão de tema lícito e necessário, mas em termos de experiência humana essencial aos sentidos, ao pensamento e…
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Programa Educação e Território
O Programa Educação e Território é uma iniciativa da Associação Cidade Escola Aprendiz que, por meio de projetos e experiências voltadas à integração entre comunidades, equipamentos públicos e escolas, apoia a constituição de territórios educativos e colabora para o desenvolvimento integral dos sujeitos. A partir dos conhecimentos e metodologias acumulados nos 20 anos de atuação do Bairro-escola, o Programa acredita na educação integral como instrumento de transformação social, e entende que ruas, bairros, comunidades, vilas, periferias e são espaços repletos de oportunidades educativas que fortalecem o desenvolvimento local e dos indivíduos. Como estratégia para ampliar a presença do tema na agenda pública do país, a iniciativa identifica e apoia políticas públicas, e leva a concepção de Territórios Educativos a eventos, fóruns e outros espaços de discussão. O Educação e Território ainda articula representantes de organizações da sociedade civil e do poder público de diferentes setores – educação, saúde, cultura e assistência social – em ações de incidência, organiza cursos…
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Sob tendas: oficina de circo e valorização da cultura cigana
Roseli Correia da Silva “Sob tendas: oficina de circo e valorização da cultura cigana” consiste em uma proposta de cunho cultural, que visa problematizar as relações entre diversidade e ética em diálogo com a etnia cigana e a arte circense, tendo como palco uma escola municipal localizada na periferia de Belo Horizonte. Apesar dos poucos registros escritos sobre a história desse povo, que pratica uma cultura de transmissão oral, há indícios sobre a chegada dos ciganos no Brasil desde o século XVI e um misto de curiosidade e medo que os acompanha desde longa data. De acordo com Neto (2008), devido a seu estilo de vida nômade ou seminômade, os ciganos são associados à “errância” e a uma existência tida como “aventureira”. Muitos costumam atuar em ofícios ligados à arte e às atividades mágicas e preferem a designação de povos romani, rom ou roma –como são chamados na Europa. O…
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Convivendo e aprendendo com os Povos Ciganos
Professoras: Maria Vieira de Almeida & Roseli Correia da Silva Coordenadora: Gilvania Castro.Direção: Aparecida Xavier e Maria Lúcia.Sala:11 – turno: manhã (3a Etapa do 1o Ciclo) Em 2007, a Escola Municipal Adauto Lúcio Cardoso (EMALC) participou do projeto “Ação Memória”, uma parceria entre o Museu da Pessoa e a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (SMED-BH), com estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental, com ênfase no desenvolvimento de temáticas e conteúdos envolvendo diversidade, cultura, memória e história local. Tendo como objetivo desenvolver uma cultura de paz na escola, sob a perspectiva da diversidade etnicocultural e da autonomia, resolvemos jogar luz sobre a comunidade Cigana do Céu Azul. Este recorte nos levou ao exercício de refletir sobre o lugar desses sujeitos na escola, o que resultou em um projeto interdisciplinar entre História e Língua Portuguesa, com foco no letramento e na escrita coletiva de um pequeno livro, contendo ilustrações…
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A memória pelas águas do Rio Sabará : reflexões a partir do making of do filme do Projeto Mãe Domingas
Apresentação realizada no 23º Seminário de Pesquisa e Extensão UEMG Kele Conceição Alves Vilaça Amaral e Lana Mara de Castro Siman Universidade do Estado de Minas Gerais/FAE UEMG IBRAM O Projeto Mãe Domingas – Educação pelas águas do Rio Sabará, vinculado ao Núcleo de Estudos e Pesquisas Polis e Mnemosine (FaE-UEMG) é desenvolvido em parceria com Museu do Ouro/Ibram, Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação Museal -Meio ( UFMG) e a pesquisadora Barbara Bader (Université Laval, Québec/Canadá). Iniciou-se em 2017 como projeto de extensão e, posteriormente, em 2018 tornou-se projeto de pesquisa- que também realiza ações extensionistas educativas em prol do engajamento ecocidadão dos moradores da cidade de Sabará (região metropolitana de Belo Horizonte/MG), em torno da defesa e proteção das águas do rio que dá nome à cidade-. Ambos os projetos tem as mulheres, ex-lavadeiras do rio Sabará, como participantes desde 2017. Destacaremos, neste seminário, a discussão…