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A experiência estética na educação do ambiente construído

Rachel De Sousa Vianna

Na “Carta para Educação do Ambiente Construído para Crianças e Jovens” publicada em 2019, a União Internacional de Arquitetos – UIA exorta os organismos profissionais de arquitetura de cada país a promover e apoiar a Educação do Ambiente Construído em escala global (em inglês, Built Environment Education – BEE). Tendo como meta embasar a criação de uma rede ampla de iniciativas nesse sentido, o documento define uma série de considerações, objetivos e condições para essa prática.

A Carta afirma que o pensamento arquitetônico é integrado, visual e não linear e postula o desenvolvimento de uma consciência sensorial dos espaços, do vocabulário necessário para discutir a qualidade de edifícios e lugares e da capacidade de exercitar a sensibilidade, a imaginação, o gosto e o julgamento crítico. Alinhado com esse grupo de competências recomendadas pela UIA, este artigo examina um conjunto eclético de referências, buscando subsídios para educadores interessados em ampliar a capacidade de crianças e jovens de experimentarem esteticamente o ambiente construído.

O estudo apresenta a repercussão de pesquisas realizadas em novos campos do conhecimento, como a percepção ambiental, a neuroestética e a estética ambiental na renovação do interesse pelo caráter multissensorial da experiência do espaço construído. Resultados empíricos demonstram o profundo impacto do ambiente sobre nosso bem-estar físico e emocional, confirmando as ideias defendidas nas décadas de 1960 e 1970 por pioneiros como Kevin Lynch, Jane Jacobs, Yu-Fu Tuan e Amos Rappoport.

O trabalho aborda também a preocupação de arquitetos e urbanistas contemporâneos com o processo crescente de atrofia perceptual, discutindo suas propostas para re-sensualizar a arquitetura e para reintroduzir a dimensão humana no planejamento dos espaços urbanos. Ao apresentar um quadro amplo de referências sobre a importância de trabalhar a dimensão estética de edifícios e lugares, esse trabalho pretende contribuir para a expansão da Educação do Ambiente Construído no âmbito da América Latina.

O texto acima é resumo do artigo escrito pela autora para os anais 4º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil. (In: 4º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil e 1º Simpósio Científico ICOMOS/LAC, 2020, Rio de Janeiro. Anais do 4º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil, 2020. v. 1. p. 1-14.) O trabalho completo encontra-se disponível em:

https://www.even3.com.br/anais/simposioicomos2020/242950-a-experiencia-estetica-na-educacao-do-ambiente-construido/

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